O que esperar de 2021?

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O que esperar desse ano? Já na primeira semana do ano de 2021, o Brasil alcançou a triste marca de 200 mil mortos pela COVID-19. Assim, o ano se inicia com esse lastimável registro que, além do luto, nos impõe a reflexão, sobre como enfrentaremos e viveremos os próximos onze meses. Ao mesmo tempo, recebemos a notícia promissora sobre a eficácia da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan (SP) – imenso orgulho dos profissionais brasileiros, acompanhada, contudo, da ausência de um efetivo plano nacional de vacinação.

Mas, nesse momento, precisamos ainda estabelecer premissas capazes de superar, ou ao menos reduzir, os impactos deixados pelo ano de 2020. Ano extremamente difícil sob todos os aspectos. Pessoal, emocional, profissional, político, social, econômico…

Não bastasse o luto vivido por essas 200 mil vidas que partiram, encerramos o ano de 2020 com 13,5 milhões de desempregados, com a ascensão da informalidade no mercado de trabalho e a drástica redução da cobertura social em padrões mínimos.

Com o fim do auxílio emergencial que, por enquanto, segue sem perspectiva de prorrogação, é nítido que teremos uma grave sequela na esfera da classe trabalhadora, decorrente, sobretudo, da ausência de programas efetivos para assegurar renda mínima e dignidade aos trabalhadores formais e informais, além da carência em subsídios verdadeiramente acessíveis para os micro e pequenos empresários, que são responsáveis por contratar formalmente uma expressiva parcela de trabalhadores.

Em pleno avanço da segunda onda e sem a apresentação de um plano de vacinação efetivo, temos a certeza de que a crise sanitária está longe do fim e enquanto isso, precisamos seguir caminhando entre os impactos deixados pelo ano de 2020 e os desafios que 2021 nos trará.  

Temos também que voltar os nossos olhos para a expansão das modalidades de trabalho, que até pouco tempo, tinham regulamentação escassa, a exemplo do teletrabalho/home office e, que passam a exigir maior atenção, especialmente sob a perspectiva da saúde mental dos trabalhadores.

Certamente o ano de 2021 será acompanhado de muitos desafios em nível individual e coletivo e, por aqui, seguiremos em busca de entregar o nosso melhor para a sociedade. Com coragem, compromisso e empatia.

Larissa Rodrigues de Oliveira